A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio de Janeiro teve grande preocupação e se empenhou na aquisição de produtos e equipamentos destinados a dar maior proteção aos policiais militares que estão na linha de frente no enfrentamento à pandemia provocada pelo novo coronavírus. Os investimentos em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são fundamentais, tanto para os policiais que atuam na área operacional, administrativa como para os que estão lotados nas unidades de saúde da Corporação.
Apesar de todas as dificuldades no mercado internacional para aquisição de EPIs, o Comando da Corporação conseguiu comprar insumos em quantidade suficiente para oferecer condições de segurança aos policiais e minimizar ao máximo os riscos de contaminação na tropa.
As ações voltadas para o enfrentamento da pandemia internamente estão sendo coordenadas pela Subsecretaria de Gestão Administrativa da PM e pela Diretoria Geral de Saúde, que atuam de forma estruturada para atender as demandas da Corporação.
Em atenção à proposta sobre a construção de hospital de campanha para atender os policiais militares com quadro clínico de COVID 19, os gestores da Corporação, com base numa análise técnica da conjuntura atual, avaliaram que seria inviável a concretização do projeto.
A montagem de um hospital de campanha é dispendiosa, demandaria um grande esforço técnico e de tempo. Entre as etapas exigidas para efetivação do projeto, estão licenciamentos públicos, preparo da área, instalação de rede de água e esgoto com tratamento próprio, gases medicinais, planta elétrica com verificação de impacto na rede existente, aquisição de equipamentos e insumos.
Além dos itens técnicos, a Corporação teria um segundo obstáculo ainda mais difícil de ser eliminado no curto prazo: o déficit de pessoal na área de saúde, principalmente entre médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem.
Mesmo antes de a pandemia chegar ao Brasil, a DGS vem tomando diversas medidas julgadas necessárias para minimizar os impactos sanitários na tropa, como remanejamento de pessoal de saúde para atender pacientes com COVID 19, aquisição de insumos e equipamentos, readequação das policlínicas, HPM-Nit e HCPM.
No HCPM houve necessidade da reestruturação de enfermarias e CTI para internação de pacientes graves com COVID 19, com suporte de respiradores e monitores, reestruturação da rede de gases e vácuo, necessidade de reforço de energia (aquisição de gerador), entre outros procedimentos.
Medidas emergenciais estão em andamento, como processos de contratação de pessoal para abertura de leitos no HCPM, recompondo parte do déficit de profissionais de saúde, como também o credenciamento de hospitais para a internação de policiais militares.
Além dessas iniciativas para garantir o atendimento da tropa e seus dependentes, a DGS elaborou protocolos para orientar os policiais militares num cenário de crise sanitária sem precedentes. Entre as orientações, estão técnicas e procedimentos para higienização de viaturas, uso de máscaras e maior rigor com a segurança pessoal nas unidades de saúde.
Assim como os profissionais de saúde, os policiais militares estão na linha de frente no combate à pandemia. Desde o início da crise sanitária no estado, 3.364 policiais entraram em LTS (Licença para Tratamento de Saúde) por apresentarem sintomas gripais com suspeita de contaminação por Covid 19. Desses casos suspeitos, 66 foram confirmados e 1.308 já estão recuperados. Houve, infelizmente, o registro de 07 óbitos.